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Decepção

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– E a borboleta?
– Fez um casulo e virou lagarta...
– Ah! Que pena.
– É... Acontece.
– Mas não se preocupe, tem muita borboleta no ar






Ah! Eu amo.... e ponto.

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Amo a vida que vivo.
Amo
Os sonhos ainda a realizar,
Amo
O tempo passado rapidamente.
Amo as lembranças de
todos os meus tempos.
Mas amo mais ainda
esse tempo chamado
Agora.
Meus erros?
Acerto enquanto me
Recompondo
sigo adiante
e me recepcionando
afirmo minha vontade
de vencer limites
meus.
Minha vida;
minha sina.
Amo minha vida e
ponto.
Depois disso
é somente
a alegria de viver
mais esse
tempo de maravilhoso horário
de verão.
O resto?
É apenas o abraçar
a
maravilhosa
dádiva de
escrever
a simples e bela
Poesia.
Ah
Eu amo
e
ponto.
CatiahoAlc.

FLASHBACK LITERÁRIO (2010)

Queria voar

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Não bastava fazer de avião. Ou asa delta. Ou parapente. Ou paraquedas. Queria voar mesmo. Sem artifícios.
Tudo o que conseguiu foi um suicídio aos 25 anos.

Triste Outubro

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outubro tenebroso
de traumas e provas
de atritos e entraves
uns conflitos graves
outros meras travas
outubro de encrencas que se agravam
de gritos, de crimes
de brigas, de pragas
de atitudes atrozes
de atrasos ferozes
de vozes que se vão em vagas
outubro que ainda é esboço
mas que já é poço infindo
de transes e trânsitos
de espinhos nos cravos
de odores pútridos
outubro negro de primavera fria
que se faz poesia
e complacente
- que remédio -
assiste a tudo em tédio

outubro triste

(em 11/10/2013)

Memorial do Pablo Neruda em Isla Negra

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Entrada do museu

Confesso que quase nada conhecia da vida e obra de Pablo Neruda. Em recente viagem ao Chile, pesquisando sobre pontos turísticos do país, descobri que o poeta é um dos grande ídolos nacionais, e suas três casas no país foram transformadas em museus: La Chascona, na capital; La Sebastiana, em Valparaízo e Isla Negra, no povoado homônimo, às margens do Pacífico. Esta última é talvez a mais popular, por abrigar os restos mortais de Neruda e de sua terceira esposa, Matilde Urrutia.



É difícil chegar a Isla Negra. Fomos de excursão, e é fácil reparar que inexistem placas nas rodovias indicando o lugar. Em resumo, só se sabe que está em Isla Negra quando já estamos lá.
Pagamos eu e minha esposa Mônica 10000 pesos para a entrada, o que equivale a uns 45 reais. Todos os turistas recebem um aúdioguia no idioma de sua preferência e faz o percurso pela casa e pelo terreno por conta própria.

Ao final do passeio, chega-se a uma lojinha, com vários produtos temáticos a Neruda. Estão lá seus livros e tanmbém livros de outros autores que tratam de sua obra. Além disso, também se encontram camisetas e artesanato. Comprei um livreto com fotos dos três museus, o famoso "Vinte Poemas de amor e uma cancão desesperada", em espanhol, e "Viaje a la poesía de Neruda", de Bernardo Reyes, que percorre as casas em que o poeta já morou, contextualizando sua poesia ao do ambiente em que viveu em toda a vida.
Infelizmente, não é permitido fotografar o interior do museu.

Meus tesouros

Após o passeio, vale uma caminhada pela praia em frente. O Pacífico, nesse trecho, nada tem de pacífico, as ondas arrebentam forte e há muitas pedras. Sem contar o frio da água. 

Há um café no local, onde pode-se curtir o visual do oceano bravio ao lado



Vídeo retratando o mar em frente ao museu

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Um zero à esquerda!

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Outro dia um chefe surtou durante uma discussão de trabalho. O que sempre foi normal, uma divergência de opiniões, se tornou um grande problema!
Eu questionei uma porta fechada num ambiente fedorento que acabara de ser pintado. Como trabalhar durante 8 horas num lugar fedendo a verniz? Minha rinite atacada, já viu...Quando percebi que ele não ia facilitar saí de perto. Foi aí que ouvi: "Vai tomar no meio do seu cu". Eu voltei na mesma hora, paralisada, sem saber direito o que tinha ouvido.
_O que você disse?
_"Vai tomar no seu cu sua estressada"! Repetiu.
Perdi totalmente a noção do certo e do errado! Disse que ele não podia falar comigo daquela forma. Que fosse ele tomar no cu e disse que era um chefe despreparado. Saí novamente e ele correu atrás de mim. Quase pude sentir seu hálito nas minhas costas. Aí parei e me voltei novamente:
_Vai me bater? Se vai,  bate logo! Junto mais essa agressão quando for reclamar!
Quando continuei caminhando na direção da sala onde trabalho escutei:
_"É falta de homem! Tanto estresse é falta de um homem na sua vida"!
Fiz BO. Fui ao RH e reclamei. Disseram que tomariam providências.
Isso foi dia 15 de outubro. Depois desse dia tiraram o elemento da minha vista e ainda disseram que seria demitido.
Na segunda-feira, depois das eleições do dia 26, ele voltou. Retomou suas atividades normais e tudo voltou a normalidade. Só eu que fiquei sem respostas...

Como me sinto agora?


Convidado Pedro Arthur Vieira

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Sobre o coração.


Eis que encontraram o coração, sozinho e apertado entre costelas e vizinhos, tecidos, musculo, veias e artérias, sangue, pulsação, contração e distensão, cumprindo com sua função designada sem se preocupar com grandes coisas além disso, apenas batendo, batendo e batendo, vinte e quatro horas por dia, estando o portador desperto ou dormindo. Nesse dia a Entidade a qual a existência não cabe a mim discutir disse ao coração:

"Fostes por demais barulhento, enquanto teus irmãos trabalhavam em silêncio foste o único orgão a querer se fazer sempre presente, sempre notado. Todos desempenham suas funções sem causar alarde, sem lembrar que estão ali, sem chamar atenção para o que exista dentro, sois o único chamando constantemente a atenção do portador para dentro de si mesmo. Queres tanto ser notado, o serás então, façamos jus ao seu egocentrismo. A partir de hoje todo e qualquer sentimento será tido por sua culpa, o enxergarão como causa de todo e qualquer mal, assim como toda e qualquer felicidade, qualquer sentimento, qualquer ânimo, todos eles te caberão a responsabilidade, qualquer sentimento será visto como partindo de ti e terá de reponder por eles. Ira, melancolia, júbilo, serenidade, esperança, desesperança, todos poderão ser creditados a ti. Inclusive a paixão e o amor, os mais arriscados, os que mais gratificam e mais fazem sofrer, será recompensado pela missão mas garanto-lhe que hás de sofrer antes de qualquer coisa. Chegará a um ponto no qual as mazelas humanas serão culpa tua e somente tua, mas não se assustes pois será caro aos portadores e eles não voltarão-se contra ti, mesmoo tendo por culpado. Antes de tudo sofrerá e pagará por aquilo que não é teu."

O coração não entendeu, apenas fazia aquilo que lhe incumbia a Natureza, não era sua intenção pertubar, só poderia ser daquele modo e não de outro, no entanto aceitou seu Destino sem levantar objeção. Milhares de anos após, quando a Ciência quis explicar que a culpa de todo o sentimentalismo era do cerebro e não do pobre coração a mesma entidade retornou a aquele mesmo coração:

"Carregastes o fardo de todo o corpo por muito tempo, pagaste o preço pelo teu pecado. Encontraram enfim o verdadeiro culpado por aquilo que tens carregado a culpa durante tantos anos. Estás livre de tua penitência."

O coração calmamente apenas replicou que não, o posto a qual foi designado continuaria sendo dele. A Entidade surpresa indagou porque continuaria carregando sozinho tanto sofrimento, e ele respondeu:

"Muito sofri, é verdade. Mas se ao longo desse anos eu
Era apenas tecido, pude me tornar seda, lã, algodão, ser rasgado e queimado, mas também acolher, abrigar e confortar
Era apenas músculo, pude me tornar muro, vaso, recipiente, ser posto a baixo, quebrado, pichado, mas também defender, guardar, ser colorido
Era apenas véias e artéria, pude me tornar rodovia, encruzilhada, ser pego por engano, confundido, enganar mas também mudança, movimento, caminho
Era apenas pulsação, pude me tornar incômodo, descompasso, criatura inquieta, mas também um alerta, música, vivacidade
Era apenas sangue, pude me tornar olhos, ser água e prantear a melancolia, mas também a felicidade,
Se me contrai no medo e na incerteza, fui arisco e inseguro
Me distendi e fui força, fui impulso
Deram-me tela em branco, pincéis e tinta e fui pintura,
Deram-me mármore, cinzel e martelo, fui escultura,
Deram-me asfalto, pernas, mochila, fui jornada,
Deram-me ritmo, palco e figurino, fui dança,
Deram me cordas extendidas, juntei às minhas batidas, ao meu sopro, fiz acordes e notas, fui música,

Se fui corpo, matéria, me tornei metafora.
Se fui razão me tornei paixão.
Se padeci, também vivi."

Assim, bem antes de surgir a primeira religião na face da terra já se fizera o primeiro mártir da humanidade. 



---
 Pedro Arthur Vieira


Pra você, você sabe

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 Se te desengana
e a cura já é grande sofrimento
Veja:
    o terror do abismo
    é pra quem o teme
    não pra ti
    que o enfrenta
E lembre:
    ao fim do que te aflige
    no vinco do temor
    há também o Vale Encantado
    onde brota amor em verdejantes flores
    entre dinossauros e alienígenas
    para divertirem nossas crianças
 
 

Article 2

O VIDEOCASSETE E MEU PRIMEIRO BEIJO

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– Quem quer ficar com o papel da bruxa?

– Eu, eu, eu! – Gritei, me antecipando às coleguinhas.

Para minha grande surpresa, ninguém mais se candidatou. Era a formação do elenco para uma peça do balé. A professora estava montando a historinha da Bela Adormecida.

Lá em Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, a cidade era tão incipiente que não havia uma escola especializada em balé. Quando comecei os primeiros passos, as aulas eram improvisadas em alguma sala da escola primária. Até que ganhamos status e fomos transferidas para o prédio do “Artesanato” – onde o nome já dizia, funcionava uma associação de artesãos. As barras para as bailarinas se equilibrarem eram de cano PVC e não tínhamos espelho nem camarim, mas éramos cheias de entusiasmo.

Coube a mim, então, fazer o papel de bruxa. Fiquei tão orgulhosa. Minha roupa era preta, brilhante e eu tinha vários solos na apresentação. No auge dos meus 10 anos, eu estava me sentindo o máximo. A apresentação foi num clube muito chique da cidade.

E por falar em clube, como cidade do interior tem clube, né? Dia desses tive o prazer de conhecer o mais antigo do país. Fica em São Leopoldo, também lá no Rio Grande do Sul, e chama-se Orpheu – criado em 1858.

Enfim, em Arroio Grande tínhamos vários. A apresentação de balé foi no Clube do Comércio. Pena que na época não havia máquina de filmar, nem smarthpone, nem as facilidades atuais. Meu pai se virava com uma “yashika” para fotos e olhe lá.

Isso durou pouco. Muito moderno que era, meu pai comprou o primeiro videocassete da cidade. Ou o segundo. E para a alegria dele, e a nossa, logo começamos a ter em filmes todos os feitos, danças e apresentações. Ele e um amigo eram os únicos que tinham o aparelho.

Nos primórdios da tecnologia, o videocassete era uma geringonça pesada e nada prática. Para filmar era uma trabalheira. Num braço se carregava o aparelho com a fita, no outro uma máquina de filmar gigante. Mas meu pai estava lá, firme, registrando o dia a dia da família.

Não só de filmes caseiros viveu-se nessa época. Começamos a registrar festas, passeios e desfiles. Até uma peça de teatro.

Meu padrinho é metido a artista e montou uma peça teatral: “Grilhões”. Contou com a participação de vários amigos. Ainda sob o rigor da censura e da ditadura, foi corajoso em tocar em assuntos delicados como escravidão, liberdade e racismo. E não é que a peça fez sucesso em toda a região? A encenação também foi num clube que não lembro o nome. E está tudo registrado pela velha máquina do meu pai.

Esses mesmos amigos se empolgaram com a tal peça e resolveram fazer uma brincadeira, dessa vez mais suave: montaram um casamento de festa junina na AABB – outro clube!

E estava lá o elenco todo: noiva – interpretada faceiramente pelo meu padrinho; noivo, pai da noiva, padre, etc., etc. E meu pai registrando com sua parafernália toda a bagunça que foi feita.

Um ano depois estávamos mudando para Brasília. E o videocassete continuava na nossa vida. Fazíamos filmes caseiros e até registro das nossas competições de natação.

Como eu não conseguia ficar longe das ruas do interior, nas férias escolares, a primeira coisa que eu fazia era voltar a Arroio Grande.

Eu já morava em Brasília havia dois anos e o sedex naquela época não existia. Ganhei, então, a missão de levar na bagagem as fitas com nossos filmes para que os amigos de Arroio Grande pudessem ver as filmagens da capital.

Nessas férias houve por lá um festival da canção. Não recordo qual festival, porque no Rio Grande do Sul têm vários. Sei que foi em um parque – misteriosamente não foi no clube. Parque Guilhermino Dutra. Naquele tempo a gente chamava o lugar de “Prado”. Não sei hoje como é. Era um local de exposições agropecuárias, de feiras de artesanato e, naquele ano, palco de um festival de música.

Fazia uns dias que tinha um guri de Bagé me cuidando. Ou, para melhor entendimento, me paquerando.

Eu estava com meus 12 anos. Cabelo longo, aparelho nos dentes e uma inocência de doer. Mesmo morando em cidade grande ainda era garotinha do interior, com toda a beleza de assim o ser.

Durante o festival, ficamos trocando olhares e sorrisos.

Eu estava encantada. Pelo festival, pelas luzes do palco, pelo menino bonitinho que não tirava o olho de mim.

Foi então que, naquela noite, dei meu primeiro beijo. Um beijo suave, nervoso, apaixonado e marcante. Meu primeiro amor. Começamos um chamego infantil. A menina de Arroio Grande e o gurizinho de Bagé.

Desse namorico tenho boas lembranças. Algumas delas registradas em fita VHS. O tal amigo do meu pai, aquele que também tinha um videocassete, fez um filme numa tarde de sol para mandar lembranças para a família que me esperava na capital. E o namoro tá lá, registrado, com todos os sorrisos e nossas mãos dadas, em imagens que tenho medo que comecem a se apagar. Como as fitas antigas do meu pai.

FIM

* CRÔNICA PUBLICADA ORIGINALMENTE NO BLOG "DO MEU INTERIOR" 

OUTRA VEZ

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Aqui estou novamente
eu e todas as minhas dores
eu solitário
dentro de mim

Apesar do vazio na alma
sinto-me cheio mesmo assim
o corpo grita por espaço
e estraçalho-me em espasmos

Outra vez grito por socorro
no deserto estéril a voz se perde
ainda assim lanço meu brado

Se resisto e não morro
não se engane, nem erre:

é por ser fraco, não por ser bravo...

Quinta Barnasiana do Bar do Escritor

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O Bar do Escritor é um movimento literário que busca a divulgação do conhecimento, a amplitude do pensamento e a expansão da liberdade.

Quinta, em português da pátria-mãe, é um terreno rural, uma enfermaria para prostitutas ou o número ordinal feminino. Esta quinta antologia de contos, crônicas e poemas reúne 38 autores brasileiros e um de Moçambique, escrevendo sobre diversos sentimentos, do mais formal ao mais lisérgico, do mais brando ao mais brabo. São 240 páginas de entretenimento literário, focado na diversão das experiências vividas em assuntos debatidos em mesas de bares.

Entre os autores, destacam-se membros de academias de letras, jornalistas, compositores, vencedores de concursos literários, lutadores de MMA, vagabundos, sonhadores e amigos de toda a espécie.

A apresentação é realizada por autores participantes das quatro obras anteriores: Ruy Villani, Magmah e Pablo Treuffar.


Conheça os Autores:
Andrade Jorge, André Anlub, André Giusti, Andrea Carvalho, Angela Gomes, Arthur Miranda, Carlos Alvarenga, Carlos Cruz, Cecília Mello, Cinthia Kriemler, Cristiano Deveras, Deliane Leite, Fernando Troncoso, Flá Perez, Giovani Iemini, Jorge Amâncio, Julia Pascali, Larissa Marques, Leonardo Macrô, Lourenço Dutra, Luan Luiz, Magmah, Mahara Damasceno, Mahiriri Ossuka, Marcio Takenaka, Maria Ligia Ueno, Mariângela Padilha, Pablo Treuffar, Rafael Albuquerque, Regina Vilarinhos, Renato Saldanha Lima, Roberto Klotz, Robson Lousa, Ruth Cassab Brólio, Ruy Villani, Simone Pedersen, Vinícius G. Ferreira, William Trapo, Wilson R..

As antologias anteriores do Bar do Escritor: http://bardoescritor.blogspot.com.br/p/livros-do-bde.html
 

Quinta Barnasiana: escritores de Brasília

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Quinta, em português da pátria-mãe, é um terreno rural, é uma enfermaria para prostitutas ou é o número ordinal feminino. Esta quinta antologia de contos, crônicas e poemas reúne 38 autores brasileiros e um de Moçambique, escrevendo sobre diversos sentimentos, do mais formal ao mais lisérgico, do mais brando ao mais brabo.
São 240 páginas de entretenimento literário, focado na diversão das experiências vividas em assuntos debatidos em mesas de bares.
Nesta edição de 2400 exemplares, O BdE alcança 13 mil livros publicados em 1246 páginas e firma-se como um legítimo movimento literário, que originou-se diretamente da World Wild Web, no falecido Orkut, e prova que o a anarquia bem intencionada é absolutamente produtiva. O Blog do BdE tem mais de 200 mil acessos, com mais de 2 mil postagens nos oito anos desde sua criação.

 Com capa pintada em naquim por PauloBranco, que ilustrou em revistas como Pasquim, Playboy, Bundas e em livros de Ziraldo e Ruben Alves, este pocket-book do BdE tem os seguintes autores de Brasília:

André GiustiEscritor e jornalista. Nasceu no emblemá­tico maio de 1968, no Rio de janeiro, e mora em Brasília há mais de 15 anos. Entre outros livros, é autor de Histó­rias de Pai, Memórias de Filho, A Liberdade é Amarela e Conversível e A Solidão do Livro Em­prestado, todos de contos, lançados pela Editora 7Letras;

Lourenço Dutra - Nasceu em Brasília em dezembro de 1963. É baixista, pro­fessor, escritor e agora pai de família. Publicou O destino de um certo Frank Zappa pela arte­paubrasil, O Olhar dos outrospela LGE e Cer­rados, frevos e minuanos pela LER;

Roberto Klotz - Engenheiro que saltou do topo do prédio re­cém-construído e esti­lhaçou-se em parágra­fos. Publicou Pepino e Farofa,Quase pisei! e Cara de crachá. Conquistou mais de 20 prêmios literários. Foi jurado em vários concursos e desafios literários. Foi, durante quatro anos, Conselheiro de Cultura do Distrito Federal.

Andrea CarvalhoJornalista por opção, gaúcha por natureza, escritora por paixão. Classificada em vários concur­sos literários, é colunista do blog Bar do Escritor e escreve em ou­tros quatro blogs;

Cinthia KriemlerÉ carioca e vive em Brasília desde 1969. Escre­ve contos e crônicas. Brinca de poemas. Tem três livros publicados, dois pela Editora Patuá e um pelo FAC-DF. Pu­blica textos em duas re­vistas literárias eletrôni­cas. É membro da Academia de Letra do Brasil, ALB/ DF e da Rede de Escritoras Brasileiras – REBRA;

Deliane Leite - Brasiliense e poetisa desde sempre. É membro do movimen­to cultural Tribo das Artes. É apaixonada pelo cerra­do e tem nele seu habitat natural;

Jorge Amâncio - É carioca, nasceu em 1953 e vive em Brasília des­de 1976. Fundador do Centro de Estudos Afro Brasileiro, do Grupo Cultural Axé Dudu, é membro da Academia de Le­tras do Brasil-secção DF e do Coletivo de Poetas de Brasília. Publicou NEGROJORGEN pela Thesaurus em 2007 e foi publicado em inúmeras antologias. Coordena com o poeta Marcos Freitas o Sarau Videolitero­musical Poemação.

Larissa MarquesEscritora e artista plásti­ca, nasceu em 1974, na cidade de Itumbiara, interior de Goiás, e reside em Sobradinho. Já escreve há mais de vinte anos e expõe sua obra na in­ternet, em vários títulos editados, em jornais es­pecializados em literatura e revistas voltadas para arte.

Giovani Iemini– criador e mentor do Bar do Escritor, publicou Mão Branca pela LGE em 2009, participa de diversas antologias, escreve em incontáveis sites de literatura na Internet, organizou as quatro antologias anteriores do Bde, coordenou o concurso de literatura Brasília é uma Festa e é membro da Academia de Letras de Brasília.

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O lançamento será no dia 27 de novembro de 2014, no Senhoritas Café, 408 norte, a partir das 19 horas. O valor é R$ 20,00.

O Bar do Escritor é um grupo livre, aberto, plural e resistente.
 

As antologias anteriores do Bar do Escritor: http://bardoescritor.blogspot.com.br/p/livros-do-bde.html


www.bardoescritor.com.br
 




Quinta Barnasiana: lançamento em Brasília

Saudosa Maloca ou o fim dos “campinhos de pelada” artísticos

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Robisson Sete

Já há alguns anos os cronistas esportivos apontam que a crescente especulação imobiliária nas cidades brasileiras vem produzindo um efeito nocivo na formação de novos atletas e jogadores de futebol, devido ao desaparecimento dos diversos campinhos de várzea espalhados pelos terrenos baldios das, principalmente, periferias do país.

O fim do toque sutil na bola, do drible matemático e da ginga de quem joga descalço arrancando a tampa do dedão ao tentar uma finta ou um elástico, é imposto, invisivelmente, a todo o tempo em contraponto de um treinamento mecânico e moderno. Essa nova lógica vem interferindo diretamente no rendimento e no próprio talento concentrado da juventude esportista. Sem os campos de várzea mais garotos buscam as escolhinhas “profissionais” e um certo tipo de homogeneização no tratamento dos fundamentos e da técnica é dado. Antes de sentirem as intempéries e dificuldades do futebol amador, os garotos já são incensados a mini-profissionais e, enfim, um bundamolismo futebolístico se implanta na identidade desses atletas, tão jovens e já tão desprovidos, muitas vezes, tão cedo, de chama e de alma.

Enfim, futebol no ‘país do futebol’, é uma religião composta de amores, ódios, futricas e disse-me-disses, fogo-amigo e muita gaitada. E violência desmedida também, nas últimas décadas principalmente, e dinheiro, muito dinheiro.

Falo sobre o futebol para poder falar de arte. Pois o que quero tratar nesse texto, na verdade não é sobre o esporte bretão, mas sim sobre os últimos suspiros da mítica República Maloca, situada na antiga Rua Nove no bairro Santa Mônica, bem em frente ao portão da UFU na Avenida Segismundo Pereira.

Essa república que tem, mas há controvérsias, por volta de quinze a vinte anos de existência e que já abrigou tantas e diversas almas; estudantes, professores, artistas, músicos, poetas, malucos de toda estirpe, bandas, coletivos artísticos e políticos e nos últimos tempos, também fanáticos jogadores de videogame, chega ao fim. Será demolida, juntamente com a antiga casa ao lado, para que no espaço dos dois terrenos seja erguido um ‘simpático’ prédio de dois ou três andares, onde os vizinhos não se cumprimentam pela manhã.

A especulação imobiliária corrói a cidade e como ocorre com os campos de ‘pelada’ pelo país, realoca os espaços conforme a lógica do capital e do interesse financeiro. Não é a primeira e nem será a última república ou casa bonita e espaçosa, com árvores, terra e grama, que será destruída nos arredores da Universidade Federal de Uberlândia. Mas é que com a Maloca não devia acontecer isso, não devia acabar, morrer e ficar somente na memória. É um sentimento que ocorre quando pensamos sobre nossas mães, - “Mãe nunca devia morrer”- devia ser algo permanente, e até quando estivéssemos velhinhos nossas mães ainda estariam com trinta e poucos anos nos amparando para a vida cotidiana não nos esvair a seiva primal, que compõe o homem e a mulher.

Mas infelizmente não é assim, tanto com nossas mães, como com outros amores. As coisas acabam, findam, é um processo químico dessa nossa vida no planeta Terra. Quem sabe em outros mundos, algo possa ser eterno. Aqui, não.

A Maloca, que ao que parece, ganhou esse nome de seus últimos moradores, nos quatro ou cinco anos recentes, é como um campinho de várzea artístico e fervilhante, com sua sala de ensaios, com seu espaço amplo, suas árvores e sombras, onde, após as aulas, conferências infindáveis sobre conteúdos acadêmicos foram “digeridos” e debatidos, ao som de Jethro Tull ou de Nelson Cavaquinho. Onde amores se formaram, e também terminaram, filhos foram gerados, viagens à Congressos e manifestações foram combinadas, passeios à cachoeiras foram arquitetados, discussões políticas foram travadas, Coletivos montados, teses de Mestrados e Doutorado suadas dentro das noites, além do tradicional sexo, drogas & rocknroll!!!

Tantas festas que já ocorreram; de aniversário, de fim de ano, de começo de semestre, pra juntar uma grana pro aluguel, um chá de bebê pros amigos que esperam filhx que está por vir; de Carnaval, a Festa da Transa, enfim a república sempre foi um palco aberto pra arte, pra música, para os artistas.

Quem nunca beijou na boca ou passou um certo tipo de vexame num fim de festa?

Não é um privilégio da Maloca ser esse espaço tão prolífico em termos de criação, arte, política e música. Há sim, várias outras repúblicas que percorrem essa cartilha, mas é que a Maloca é especial, vai acabar e vai fazer falta.

Quem sabe, os novos moradores, ouvirão misteriosamente, no meio da noite, como que assentados sobre um antigo cemitério indígena assombrado, risos e gargalhadas, retumbando nos cômodos.

Serão nossas vozes ecoando no espaço infinito buscando sempre a expressão, numa festa interminável. E nenhuma taxa de condomínio ou síndico competente, poderá dar jeito nisso!




OS SERES MAIS BAIXOS

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Sou afeito à vagabundas exibidas
As adoradoras de sexo por sexo
As gritando aos quatro ventos o quão cadelas são
Gosto das putas assumidas
Das sem vergonha
Das ostentadas
Anseio por essas vadias mundanas
As que não fazem distinção entre bonitos e feios
As que sentem tesão em velhos babões, tanto quanto em pirralhos punheteiros.
Nascidas pra putaria e alardeando-se com estilo, elas levam-me aos mais luxuriantes e insanos fetiches.
Não tenho paciência pra conversinhas de fidelidade
Uma hora a casa cai
Caem os mitos
Eu fujo dos mitos
Aspiro às taras mais sujas
Os seres mais baixos
Não tenho tempo pra conto de fadas
Eu conto de fodas
Meu mundo é imundo
Eu quero é phoder

Pablo Treuffar
Licença Creative Commons
Based on a work at www.pablotreuffar.com
A VERDADE É QUE EU MINTO

A VERDADE É QUE EU MINTO

Convidado Sanjo Muchanga

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Senhor Doutor!


Quem disse que camponês não é pessoa
Me desculpe senhor Doutor, pela mágoa
Mas é de mim que vem o arroz e o trigo
Banhado do suor do seu humilde castigo.

Pés descalços, roupa roxa e roto de lama
Produzindo o seu precioso orgulho da alma
Nos campos do algodoeiro e nas planícies do arroz
Lá acompanho a minha força que me foz.

A cada chicotada das tuas oficiosas palavras
Que denigre a minha honra de ser camponês
Só porque me falta a dicionário e o alfabeto inglês
São mentes como a sua que nos mata lealmente.

Quando sentimo-nos sem valor e nem socialmente
Porque da terra somos pessoas escravas das lavras.
Se não, senhor Doutor dai-me a minha euforia
Para cantar em sintonia da sua alegria.



---
Sanjo Muchanga

FALTAM SOBRAS

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Sobram pessoas......faltam
Faltam sentimentos......faltam
Faltam verdades......sobram
Sobram momentos......faltam
Faltam palavras.......faltam
Sobram crueldades.......sobram
Faltam famílias......faltam
Com sobras de bondade.......faltam
Sobram inimigos.......sobram
Faltam tecidos.......faltam
Para pararem tremidos.......faltam
Sobram gemidos.......sobram
Sobram malefícios......sobram
Sobram céticos.......faltam
Faltam contigo.......faltam
Sobro sozinho.......sobro
Faltam calafrios......faltam
Para esquentarem o frio......faltam
Sobra o frio.....sobra
Sem você comigo.......falta
Faltam alegrias......faltam
Com sobrinhos.......sobram
Somente tristezas.......sobram
Você comigo......faltam
Sobram faltas
Faltam.....sobram
Sobras.....faltam
Faltam sobras
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